FIO SOBRE COVID-19 & MONKEYPOX:
🔲Como está a situação do mundo e do Brasil? E as vacinas atualizadas contra a COVID-19?
🔲O que temos de novidades sobre variantes da COVID-19? A emergência global provocada pelo Monkeypox acabou?
O fiozinho 🧶👇
🔲Vamos primeiro para a COVID-19
Em setembro, fiz um fio comentando sobre a questão do surgimento de novas variantes e de como elas poderiam estar impulsionando a nova onda de crescimento de casos que alguns países já estão observando
Vemos que a Ômicron tem se diversificado e gerado novas variantes que requerem nossa atenção (como a BQ.1.1) além de variantes recombinantes (que tem "partes combinadas" de outras variantes) como a XBB.1 (BA.2.10.1 e BA.2.75)
Com o crescimento dessas duas variantes, em diferentes partes do mundo, reforça que devemos manter a atenção e investimento em vigilância genômica, algo que o @todospelasaude @CaddeProject @fiocruz e tantas outras instituições e pesquisadores se dedicam
Os primeiros dados indicam que essas variantes são resistentes aos anticorpos monoclonais, usados como terapia em alguns locais do mundo (em circunstâncias específicas).
Segundo a declaração da @WHO a proteção das vacinas atuais contra doença deve se manter, ainda que a proteção contra a infecção esteja reduzida.
Os reforços atualizados (que tem a Ômicron como alvo) podem gerar boa proteção contra essas novas variantes
https://www.who.int/news/item/27-10-2022-tag-ve-statement-on-omicron-sublineages-bq.1-and-xbb
A ANVISA está avaliando 2 pedidos da Pfizer para o uso de suas vacinas bivalentes (que usa a BA.1 e a BA.4/5 como alvo).
Enquanto essa avaliação não é finalizada (e espero que finalize logo), importante manter seus reforços em dia com as vacinas atuais!
Segundo especialistas, tanto a BQ.1 quanto a BQ.1.1 descendem da BA.5, que é alvo de uma das vacinas bivalentes da Pfizer, e é bastante plausível considerar que os reforços atualizados oferecerão boa proteção contra essas e próximas variantes.
https://www.scientificamerican.com/article/new-omicron-variants-are-here-what-we-know-so-far/
Enquanto locais do mundo se preparam para uma nova onda, o Brasil vê uma queda de casos cada vez reduzida. Com menos testagens, e se isso estiver indicando reversão de tendência, ficará difícil de observá-la antecipadamente. E agir cedo é crítico.
Enquanto o mundo discute sobre crianças receberem reforços com a vacina bivalente, no Brasil, ainda não temos definição do reforço em crianças, apesar de estudos apontarem o grande incremento que é gerado na resposta imunológica desse público
Uma boa notícia é que finalmente o Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas pediátricas para a população ap artir dos 6 meses a 4 anos. Os primeiros a receberem serão bebês e crianças com comorbidades, mas ainda não há datas de início
É importante lembrar que crianças, mesmo não tendo a doença grave, podem ter sequelas e consequências após se recuperarem da infecção (COVID longa), portanto é uma população que precisa se vacinar para garantir uma boa proteção.
🔲E Monkeypox? Como está a situação do mundo e do Brasil?
Nesse fio da @redeanalise observa-se que, infelizmente, o Brasil atingiu a marca de país com mais óbitos no mundo (nesta epidemia de 2022), com 8 óbitos.
No mês de outubro, vemos uma constância nas notificações de novos casos, com a maior concentração de casos ainda sendo na região sudeste e centro-oeste. A região norte apontou crescimento de novos casos.
Há cerca de 1 mês recebemos um lote de vacinas contra Monkeypox, com os próximos lotes previstos para o fim de 2022. Os imunizantes serão utilizados na condução de um estudo de efetividade desse imunizante
Nesse estudo, será investigado o benefício da vacinação em pessoas que tiveram contato com alguém com o Monkeypox (pós-exposição) e em pessoas que não foram expostas (pré-exposição), que fazem uso de PrEP ou em tratamento com antirretroviral contra o vírus HIV (link ☝️).
Ainda, o @butantanoficial atualmente negocia com o National Institute of Health (NIH -EUA), para a condução de estudos e para a produção da vacina contra o Monkeypox aqui no Brasil. O acordo engloba a transferência de material biológico.
Em relação ao mundo, a @WHO recentemente declarou que Monkeypox SEGUE sendo uma emergência de saúde global
Em locais como a República Democrática do Congo (RDC) tanto os casos de doença, quanto os óbitos, permanecem muito subnotificados, uma vez que “as comunidades onde o vírus está se espalhando geralmente não têm acesso a instalações de saúde regulares"
https://www.aljazeera.com/gallery/2022/11/1/photos-dr-congo-monkeypox
Com a alta demanda por vacinas no mundo, países de baixa renda enfrentam mais uma dificuldade na aquisição de imunizantes. E isso é um problemão, porque além do impacto sobre essas populações, uma cepa mais perigosa do vírus pode ganhar mais espaço
Portanto, mesmo alguns países do mundo estarem vendo redução nos casos, é importante prestar muita atenção e somar em ações naqueles em que novos casos estão sendo vistos e/ou subnotificados, além dos óbitos relacionados a doença.
Respondendo algumas perguntinhas agora!
Ainda não sabemos o real impacto da COVID longa na população e tudo que ela pode causar (e até quando). Tem um novo estudo mostrando relação de risco com doenças neurodegenerativas p. ex.: https://www.iflscience.com/covid-19-activates-same-brain-inflammation-as-in-parkinson-s-disease-66014
Em relação a política zero COVID, eu particulamente acho muito difícil atingir algo nesse patamar uma vez que o vírus circula em outros animais, e poderá seguir circulando na população por um tempo. Daí a relevância em investir em testagem e vacinação!
Apesar de o fim parecer próximo, não podemos perder o ritmo nesse momento, pois ele ainda não chegou!
Acredito que seguir vacinando com reforços (considerando também os atualizados) e ampliando a vacinação para mais públicos é crítico, além da testagem
Quem sou eu para autorizar algo hahaha mas eu sempre falo para ponderar os riscos do ambiente. Ambientes abertos, bem ventilados oferecem riscos menores, especialmente se todos estiverem vacinados
Isso aqui é um problema, algo que também comentei nos últimos dias. Há estados que a pop. +18 já está recebendo o segundo reforço, e outros que estacionou nos 40. E aí @minsaude ?
Sobre higienização, parece ser mais importante no contexto de Monkeypox do que para a COVID-19. Manter uma boa higienização das mãos é sempre uma boa pedida para evitar contaminação por qualquer agente infeccioso!
Limitação de doses! As vacinas que estamos atualmente usando contra o Monkeypox usam, como alvo, o vírus da varíola humana, justamente por essa semelhança. O butantan procura negociar oportunidades para produzi-la por aqui
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Originally tweeted by Mellanie Fontes-Dutra (Mell) 🌻 (@mellziland) on 1 de November de 2022.