Coordenador na Rede Análise ( @redeanalise); Analista de Dados / Pesquisador; TEDx speaker; Pessoa com autismo; O sobrenome pronuncia CHUÁRTI ZÁUPITI!
Oi, pessoal! Temos cada vez menos e menos dados de covid-19 que permitem acompanhar a onda em “tempo real” (aspas pois sempre foi atrasado).
Dito isso, a situação se mantém, com os dados que temos.
Hospitalizações em SP ainda em tendência de aumento: 🧶
O gráfico do primeiro Tweet trazia a média móvel de pacientes internados com confirmação de covid-19 na enfermaria no estado todo de SP.
O gráfico abaixo é o mesmo, mas para UTI.
A linha representa os pacientes e a hachura azul representa os leitos totais:
Quando olhamos para os dados de variantes, especificamente filtrando a XBB.1.5, vemos que houve um salto nas detecções dela no Brasil.
Esse dado é infelizmente, bastante atrasado, então sempre olhamos para o passado. Essa “queda” que aparece muito provavelmente é atraso.
Os dados de hospitalizações de pessoas com confirmação de covid-19 no estado do RS vinham perto das mínimas históricas e agora começam a dar sinais de início de aumento.
Aqui trago leitos clínicos (enfermaria):
E aqui UTI (aumento praticamente imperceptível).
Como vimos nesse maravilhoso boletim Infogripe em vídeo, o @marfcg nos mostrou super bem como os dados de SRAG vem aumentando em idosos em alguns estados (região Norte, SP):
É sempre importante lembrar que o momento em que estamos é o momento onde historicamente começava “a onda” anual de Síndrome Respiratória Aguda Grave” no país.
Antes da pandemia de covid-19 tínhamos apenas uma onda. Agora, já tivemos três em 2022.
Tudo indica que estamos começando a primeira de 2023.
Não temos como dizer se nosso cenário epidemiológico irá retornar ao padrão de uma onda atual (ainda não está previsível a esse ponto), mas com essa transmissibilidade, tudo indica que serão várias ondas.
Sempre bom reforçar: quando falamos no termo “ondas”, não estamos mais nos referindo aos “tsunamis” que existiam antes das vacinas.
A situação agora (mantendo a analogia) é como a de um mar revolto, cujo nível foi aumentado em relação ao histórico.
Antes do SARS-CoV-2 tínhamos um número de óbitos por SRAG muito menor do que estamos tendo agora.
As vacinas reduziram drasticamente o impacto da doença e permitiram seguirmos, MAS lembro sempre: reduziram drasticamente não significa “eliminaram”.
Por isso: proteção sempre aos vulneráveis. Vacinem-se com todas as doses disponíveis.
Estão com sintomas gripais? Usem uma máscara para ajudar a mitigar um pouco a transmissão!
Um abraço e ótima semana!
Para acessar os painéis que utilizei os links são:
http://bit.ly/Rede_HospitaisRSSP
Originally tweeted by Isaac Schrarstzhaupt (@schrarstzhaupt) on 7 de March de 2023.